Concurso Completo de Equitação
O Concurso Completo de Equitação (CCE),
é um evento do hipismo que reúne o adestramento, cross-country e o salto,
podendo ser disputado de duas maneiras, um dia (ODE), ou três dias (3DE). As
três provas do CEE acontecem individualmente não podendo trocar de cavalo
depois de iniciada.
A primeira fase da modalidade consiste
no adestramento, em que cavalo e cavalheiro deve realizar uma série de
movimentos, figuras, já pré-estabelecidas (Para mais informações consultar a
sessão de “adestramento” do site). Cross-country é a segunda fase da prova, em
que o conjunto transpõe obstáculos fixos em uma pista de grama, com percurso
de, em média, 10 minutos de duração. A última fase é o salto, em que cavalo e
cavaleiro devem saltar por obstáculos determinados (para mais informações
consultar a sessão de “salto” do site).
As provas surgiram graças às caçadas
realizadas na Inglaterra, onde cavalos eram expostos à obstáculos naturais com
diferentes níveis de dificuldade, mostrando suas habilidades, resistência e,
com o passar do tempo, os grupos de caçada passaram a organizar pequenos
eventos para exibir seus animais saltadores, além de sua própria equitação. A
modalidade foi se desenvolvendo e se tornando cada vez mais popular na Europa,
até incluir o grupo do “triatlo equestre” ao lado das provas de salto e
adestramento, e se tornou um esporte olímpico.
Com tamanha importância e visibilidade
no “mundo do cavalo”, os critérios de segurança para o conjunto se tornaram
cada vez mais eficientes, mantendo sempre a preocupação com a saúde e bem estar
animal, já que, diferente de seu cavaleiro, ou amazona, o cavalo é conduzido,
pois o ritmo da prova é ditado pelo cavaleiro. Para que um conjunto possa
participar da competição, o animal passa por uma precisa avaliação veterinária
antes e depois da prova, e caso atestado qualquer alteração no estado de saúde
do animal o conjunto é desclassificado, assim como, se no meio da prova houver
alguma queda ou o cavalo apresente “manqueira”
(claudicação), serão convidados a se retirar do percurso.
O nível de exigência dos percursos varia
de acordo com a categoria da competição, que vai de 2 a 5 estrelas, podendo ter
obstáculos de rio, troncos e cercas. O melhor conjunto em pista será aquele
capaz de realizar a prova “zerado”, ou seja, abaixo do tempo pré-definido pelo
desenhador da prova e sem penalidades. A cada refugo (quando o cavalo se nega a
saltar) somam-se pontos, e no segundo refugo ou em uma queda serão
automaticamente desclassificados.
Os cavalos mais populares nas provas de
CCE são animais de sela européia, como: Sela
Francesa, Sela Belga, KWPN, Hanoveriano, Puro Sangue
Inglês, Westphalen, Holsteiner e nosso Brasileiro de
Hipismo, que vem dessas influentes raças estrangeiras. Porém, não há proibição
a respeito de raças praticantes, apenas se opta por animais com aptidão para
salto, galope confortável, andaduras bem impulsionadas
e índole confiável.
Curiosidades: As provas de Cross e CCE
chegaram no Brasil graças à influência Francesa na escola Militar do Exército
Brasileiro, e desta forma, o esporte se tornou muito comum dentro dos quartéis
militares, os quais são geralmente as sedes de Concursos Completos, como o
Complexo de Deodoro (sede da Rio 2016) e AMAN (Academia Militar das Agulhas
Negras). Além do enorme investimento em cavalos da raça Brasileiro de Hipismo,
vindos da Coudelaria do Rincão, do Exército, que fornece exemplares para
militares do país todo.
https://www.youtube.com/watch?v=5nCn_I2DLdU